Nos testes laboratoriais, o tratamento conjunto superou amplamente os métodos convencionais. Isoladamente, o processo eletroquímico removeu 10% do BPA e o enzimático, 35%. Combinados, atingiram 92%, gerando resíduos “menos tóxicos e mais biodegradáveis”, como ácidos de baixa periculosidade.
O estudo, ganha relevância diante de análises recentes que identificam concentrações potencialmente perigosas de BPA em rios urbanos, como o Tietê (SP) e o Rio dos Sinos (RS). Um levantamento feito em 2024 também mostrou que os sistemas de tratamento convencionais não eliminam completamente o composto, reforçando a urgência de novas soluções.

Apesar do desempenho promissor, os pesquisadores alertam que o método ainda precisa ser testado em estações de tratamento de água. A presença de diferentes compostos orgânicos pode alterar a eficiência da degradação e gerar subprodutos inesperados. Além disso, fatores como custo, manutenção dos eletrodos e regeneração das enzimas ainda exigem ajustes.
O grupo destaca que o próximo passo envolve avaliar a estabilidade dos materiais e a viabilidade econômica do processo em condições reais de operação. Mesmo assim, o potencial da técnica é amplo. O sistema pode ser adaptado para tratar outras classes de poluentes orgânicos, como corantes, pesticidas, fármacos e compostos fenólicos, abrindo caminho para uma nova geração de tecnologias sustentáveis de purificação da água.










