
No mar, onde o pH típico é de cerca de 8,3, o revestimento PDHM assume carga negativa, formando uma barreira hidratada que repele organismos. Quando há colonização de bactérias e microalgas, seus metabólitos ácidos induzem uma mudança local de pH, ativando a carga positiva do material. Essa transição prejudica os microrganismos aderidos e facilita sua remoção pelo movimento da água.
Em testes de laboratório, o PDHM com 15% de polímero hidrofílico reduziu em mais de 99% a adesão de duas bactérias marinhas (Bacillus subtilis e Pseudoalteromonas ruthenica) e em 98% a adesão da alga Phaeodactylum tricornutum, em comparação com o revestimento tradicional de silicone (PDMS). Já em testes reais no Mar da China Oriental, o revestimento manteve alta eficácia por seis meses, superando amplamente os resultados do PDMS.
Análises de DNA confirmaram menor formação de biofilme e menor presença de elementos genéticos móveis no PDHM, indicando menor adaptação e colonização bacteriana. A combinação de resposta ambiental inteligente, baixa energia superficial e estrutura química heterogênea confere ao revestimento PDHM um ciclo eficiente de “repelir, destruir e liberar”, tornando-o uma promessa sólida para o controle de incrustações em estruturas marinhas e aquícolas.