
Particular destaque foi dado às nanopartículas magnéticas de óxido de ferro (Fe3O4), que promovem colheita eficiente da biomassa por separação magnética, alcançando mais de 99% de eficiência, substituindo métodos tradicionais mais caros como centrifugação. Além disso, a reutilização das NPs magnéticas em múltiplos ciclos reforça a sustentabilidade econômica do processo.

Nanomateriais diversos, como óxidos de zinco, titânio, silício e cobre, têm sido aplicados para estimular crescimento e alterar composição bioquímica das microalgas, mas nem todas as concentrações são benéficas. Em doses elevadas ou exposição prolongada, as nanopartículas podem causar toxicidade, incluindo estresse oxidativo, danos à membrana celular, inibição do crescimento e alteração da fotossíntese.
O estudo detalha os mecanismos bioquímicos de estímulo e toxicidade, mostrando que os efeitos dependem da composição, tamanho, concentração e tempo de exposição das partículas. Dentro de limites ótimos, NPs promovem aumento na produção de pigmentos como astaxantina, composição de carboidratos e lipídios, favorecendo aplicações em biocombustíveis, cosméticos e nutrição.

Por outro lado, quando abusadas, as nanopartículas afetam negativamente a biomassa e componentes celulares, podendo inclusive causar danos genéticos e morfológicos às microalgas. Ainda são necessárias pesquisas para equilibrar os benefícios e os riscos ambientais, garantindo o uso seguro e eficaz dessas tecnologias na biotecnologia microalgal.

O trabalho ressalta o potencial das nanopartículas para impulsionar biorrefinarias sustentáveis, incluindo a recuperação energética e o tratamento de águas residuais, alinhando-se a estratégias globais de desenvolvimento sustentável. Para quem deseja detalhes técnicos sobre os tipos de nanopartículas, metodologias de síntese, impacto bioquímico e toxicidade, o artigo completo está disponível para consulta.