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    Proibição ampla da aquicultura de polvos é “injustificada”, diz grupo internacional

    O que está em debate

    A aquicultura de polvos virou pauta. Em 2024, Califórnia e Washington proibiram a prática. Há um projeto no Senado dos EUA (Estados Unidos da América) para banir em todo o país.

    Quem assina e o que defende

    Pesquisadores de cefalópodes (grupo que inclui polvos, lulas, sépias e náutilos) de 66 instituições em 25 países assinam um posicionamento. O grupo afirma que uma proibição geral ignora benefícios potenciais da aquicultura de polvos, ainda em fase experimental. Com supervisão científica robusta, a atividade pode contribuir para sistemas alimentares sustentáveis e conservação de recursos. Segundo os autores, preocupações de bem-estar e sustentabilidade estão sendo tratadas por inovação, pesquisa e regulação; por isso, a proibição ampla é “não justificada”.

    Por que importa

    A demanda global por carne pode subir para dois bilhões de toneladas por ano até 2050. A aquicultura surge como alternativa viável para proteína. Alimentos aquáticos, incluindo cefalópodes, são nutritivos e benéficos à saúde. Em muitos países tropicais, o cultivo, em pequena escala, pode reforçar a segurança alimentar, melhorar a renda e reduzir a vulnerabilidade de comunidades costeiras.

    Bem-estar animal

    Argumentos de que a senciência dos polvos torna o cultivo inadequado deixam de lado que outros animais de produção também são sencientes. Boas práticas continuam a evoluir para garantir o bem-estar. Os autores defendem padrões específicos para polvos, com atenção às necessidades físicas e cognitivas.

    Alimentação e impacto ambiental

    A dieta carnívora dos polvos não deve, por si só, desqualificar a aquicultura. Pesquisas indicam viabilidade de sistemas sustentáveis. Há fazendas de peixes carnívoros que já usam > 70% de ingredientes de origem vegetal nas rações.

    Riscos de uma proibição ampla

    Propostas de banimento podem frear avanços e negar contribuições da aquicultura de polvos para segurança alimentar, nutricional e econômica, sem aumentar a pressão sobre estoques selvagens já sobrepescados — explorados há milênios para consumo humano. Diante do crescimento projetado da demanda por proteína, é essencial explorar sistemas viáveis, sustentáveis e éticos, não descartá-los prematuramente.

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