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    Integração de espécies eleva produtividade e sustentabilidade na piscicultura da Amazônia, revela Embrapa

    Estudo promovido pela Embrapa Pesca e Aquicultura demonstrou que a integração de espécies no cultivo de peixes na Amazônia pode elevar a produtividade e reforçar a sustentabilidade da produção aquícola. A pesquisa comparou modelos integrados com sistemas tradicionais de monocultura. Como resultado, os arranjos multiespécie apresentaram desempenho superior e melhor uso dos recursos naturais.

    Integração de espécies no cultivo de peixes

    A pesquisa avaliou a criação conjunta de tambaqui (Colossoma macropomum) e curimba (Prochilodus lineatus). Ambas são espécies adaptadas às condições ambientais da Amazônia. O estudo utilizou um sistema de aquicultura multitrófica integrada (AMTI).

    Nesse modelo, as espécies ocupam diferentes nichos tróficos. Dessa forma, ocorre o reaproveitamento de nutrientes ao longo do sistema produtivo. Além disso, esse arranjo contribui para a redução de resíduos e impactos ambientais.

    Ganho de produtividade e eficiência ambiental

    Os resultados indicaram que o sistema integrado foi cerca de 25% mais produtivo do que a criação isolada de tambaqui. Esse aumento está relacionado ao uso mais eficiente dos insumos. Além disso, o equilíbrio biológico do sistema favorece melhores condições de cultivo.

    Quando comparada a outras atividades agropecuárias, a piscicultura integrada apresentou maior eficiência no uso da área. Ao mesmo tempo, demonstrou menor impacto ambiental. Assim, o modelo pode ajudar a reduzir a pressão por abertura de novas áreas no bioma amazônico.

    Curimba utilizada em sistema de piscicultura integrada na Amazônia
    Curimba é uma das espécies avaliadas pela Embrapa em sistema de piscicultura integrada na Amazônia. Foto: Reprodução Embrapa

    Sustentabilidade econômica e diversificação da produção

    Especialistas envolvidos no estudo destacaram que a integração de espécies favorece a sustentabilidade econômica da piscicultura. Isso ocorre porque a diversificação de peixes amplia as possibilidades de comercialização. Além disso, o produtor passa a contar com diferentes fontes de renda.

    Outro ponto relevante é a maior resiliência do sistema. Nesse sentido, a produção integrada oferece alternativas frente a desafios climáticos e variações de mercado. Por consequência, o modelo contribui para maior estabilidade da atividade aquícola.

    Avanços para a piscicultura amazônica

    A pesquisa da Embrapa reforça a importância de modelos produtivos inovadores para a piscicultura na Amazônia. Diante da crescente demanda por proteína sustentável, a integração de espécies surge como um avanço técnico e ambiental.

    Por fim, o sistema integrado se apresenta como uma alternativa para tornar a produção aquícola mais competitiva. Ao mesmo tempo, reduz a dependência da expansão de novas áreas, fortalecendo a sustentabilidade da piscicultura amazônica.

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