
No TA, a sobrevivência atingiu 94,1%, contra 57,1% no TB. O ganho de peso (WGR, taxa de ganho de peso) chegou a 129,5% no TA, 71,5% acima do TB (75,5%). A taxa específica de crescimento (SGR) foi de 2,7% ao dia no TA, versus 1,7% no TB. Índices corporais como CF (fator de condição), HSI (índice hepatossomático) e VSI (índice viscerossomático) também foram maiores no TA.
A qualidade da água melhorou com a macroalga. Após 30 dias, o nitrito (NO₂⁻-N) ficou em 0,094 mg⋅L⁻¹ no TA e 1,948 mg⋅L⁻¹ no TB. O amônio (NH₄⁺-N) foi 1,628 mg⋅L⁻¹ no TA e 2,808 mg⋅L⁻¹ no TB. O fosfato reativo (PO₄³⁻-P) alcançou 1,235 mg⋅L⁻¹ no TA contra 1,901 mg⋅L⁻¹ no TB.
Os marcadores metabólicos favoreceram o TA: HDL (lipoproteína de alta densidade) ↑72,5%, HL (lipase hepática) ↑20,2% e LPL (lipoproteína lipase) ↑25,6% versus TB. Triglicerídeos (TG) e FAS (ácido graxo sintase) caíram no TA.

A capacidade antioxidante e imune também subiu. No soro, CAT (catalase) ↑79,5% e GSH-Px (glutationa peroxidase) ↑39,2% no TA. No fígado, ROS (espécies reativas de oxigênio) e MDA (malondialdeído) reduziram; CAT aumentou. Em imunidade não específica, IgM (imunoglobulina M) e LYZ (lisozima) foram maiores no TA, enquanto AKP (fosfatase alcalina) e ACP (fosfatase ácida) ficaram menores.
A saúde intestinal acompanhou os ganhos. As atividades de amilase, lipase e tripsina subiram no TA (amilase: 581,03 vs 141,94 mU⋅mg⁻¹; lipase: 846,69 vs 491,50; tripsina: 3521,80 vs 3228,43). A morfologia mostrou plicas mais altas (+10,9%), largas (+11,9%) e músculo mais espesso (+13,3%).
Conclusão dos autores: a inclusão de Gracilaria sp. em cultivo ecológico melhora a água, potencializa crescimento, metabolismo, defesa antioxidante e imunidade da garoupa híbrida. O modelo oferece base prática para avançar a aquicultura multitrófica integrada (IMTA, “aquicultura multitrófica integrada”, em que diferentes níveis tróficos se beneficiam mutuamente) em espécies marinhas de valor econômico.