Isolado a partir do trato intestinal de peixe saudável, o HP-yong3 demonstrou alta capacidade de destruir não apenas a H. paralvei, mas também a Aeromonas sobria, outro patógeno relevante em sistemas aquícolas. O fago manteve atividade lítica em diferentes condições físico-químicas, como variações de pH, temperatura, salinidade e exposição a solventes orgânicos. Além disso, HP-yong3 não possui genes ligados à resistência a antibióticos, fatores de virulência ou capacidade de integração ao DNA dos hospedeiros, o que reforça sua biossegurança.
Nos testes, carpas infectadas foram tratadas com HP-yong3 e obtiveram taxas de proteção de até 73,75% quando tratadas logo após o desafio bacteriano. O fago acelerou a eliminação da bactéria do tecido muscular dos peixes infectados, promovendo a sobrevivência dos animais e melhorando seu estado de saúde em relação aos não tratados.
O HP-yong3 também removeu biofilmes bacterianos e foi eficaz para reduzir a carga microbiana em sashimis de peixe cruciano, indicando potencial uso para a segurança alimentar de produtos pesqueiros. Essas descobertas apontam para o emprego do fago como ferramenta eficiente e sustentável na aquicultura moderna, tanto na prevenção de doenças quanto no processamento de alimentos.










