A produção de camarão marinho, antes restrita às regiões litorâneas, vem conquistando novos territórios no Brasil. Isso tem sido possível graças a sistemas de cultivo superintensivos, como bioflocos (BFT) e recirculação de água (RAS). Com essas tecnologias, a carcinicultura está se interiorizando e abrindo espaço para produtores em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e até mesmo no Sul do país.
Além disso, a oportunidade não é apenas produtiva. O consumo de camarão está em alta, e redes de restaurantes especializadas estão em expansão no Sudeste. Por isso, aproximar produção e mercado consumidor representa um salto estratégico para a aquicultura nacional.
O desafio do balanço iônico
Produzir camarão em águas interiores vai muito além da simples adição de sal de cozinha. A água precisa ter o equilíbrio certo entre sódio, cálcio, magnésio, potássio, cloretos e outros íons essenciais. Esse balanço iônico é fundamental para que os camarões realizem a osmorregulação, processo vital para seu crescimento e sobrevivência.
Sem essa correção adequada, os animais não resistem à baixa salinidade. Isso inviabiliza a produção. Por essa razão, o uso de sais formulados de forma específica tornou-se essencial para viabilizar a interiorização da atividade.
Tecnologia nacional a serviço do produtor
Nesse contexto, empresas brasileiras especializadas em nutrição mineral para aquicultura ganham protagonismo. A Veromar, por exemplo, desenvolveu o VeroMix. Trata-se de um concentrado dos principais constituintes do sal marinho, que permite simular com precisão a água do mar em ambientes artificiais.
O produto pode ser ajustado conforme a análise da água local e os objetivos de cada projeto. Com isso, ele garante não só a sobrevivência dos camarões, mas também seu bom desempenho zootécnico.
“Mais do que salinidade, buscamos entregar a proporção ideal entre cálcio, magnésio e potássio, que é o verdadeiro segredo para o equilíbrio da criação”,
destaca a equipe técnica da empresa.
Outro ponto importante é o custo logístico. Por ser formulado em versão concentrada, o VeroMix reduz os custos com transporte. Dessa forma, o produto tem se consolidado como ferramenta estratégica em fazendas do interior que apostam na diversificação aquícola.
Uma nova fronteira para a aquicultura brasileira
Com a consolidação das tecnologias de correção da água, os entraves à produção em regiões afastadas do litoral estão diminuindo. Como resultado, a carcinicultura está se expandindo. Essa atividade gera renda no campo e atende diretamente à crescente demanda por camarão fresco em centros urbanos.
No semiárido nordestino, por exemplo, as águas já permitem cultivos sem grandes ajustes. Já no Sudeste, o balanço iônico precisa ser cuidadosamente ajustado. Ainda assim, o camarão marinho já não é exclusividade das regiões costeiras.
A tendência é clara: cada vez mais brasileiros poderão consumir um “camarão do cerrado” ou até um “camarão do interior paulista”. Isso mostra que inovação e técnica estão pavimentando uma nova etapa para a aquicultura nacional.
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