Pesquisadores do Instituto de Pesca, unidade do Instituto de Pesquisa Agropecuária e Abastecimento (APTA) vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, investigam como diferentes linhagens de truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) desenvolvem seus músculos. O estudo usa análises gênicas e busca compreender variações no crescimento muscular. Assim, os resultados podem apoiar avanços importantes para a aquicultura.
Para iniciar o trabalho, a equipe coletou amostras de tecido muscular no Núcleo Regional de Pesquisa em Salmonicultura Dr. Ascânio de Faria, em Campos do Jordão (SP). Essa unidade do Instituto de Pesca atua de forma especializada no estudo de salmonídeos. Depois da coleta, os pesquisadores processaram os dados genéticos com algoritmos computacionais. Dessa forma, identificaram níveis de expressão de genes ligados ao crescimento muscular.
Entre os marcadores avaliados estão genes associados ao hormônio de crescimento (GH) e à miosina. Essas proteínas atuam diretamente no desenvolvimento das fibras musculares e na hipertrofia celular. Os primeiros resultados mostram que algumas linhagens exibem expressão mais intensa desses genes. Como consequência, elas tendem a apresentar crescimento muscular mais rápido ou mais eficiente.
O estudo também traz efeitos práticos para a truticultura. Com a identificação das linhagens que demonstram melhor desempenho muscular, os produtores podem aprimorar o manejo, a nutrição e a seleção genética. Além disso, a pesquisa contribui para melhorar a formulação de rações, já que certos aminoácidos influenciam o desenvolvimento muscular das trutas.
O projeto, conduzido pelo pesquisador Vander Bruno dos Santos, recebe o nome “Avaliação do crescimento muscular de linhagens de trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss)”. Ele busca gerar informações que apoiem o melhoramento genético e nutricional da truticultura nacional. Com isso, o setor pode fortalecer ainda mais toda a cadeia produtiva.
Fonte oficial: Instituto de Pesca










