De forma resumida, o artigo propõe apresentar um modelo de protocolo em duas etapas: análise e viabilidade econômica, que servem como um breve roteiro, orientando o piscicultor em todas as etapas do processo produtivo, incluindo diretrizes para a avaliação dos custos operacionais, rentabilidade e viabilidade no cultivo. Ao adotar este modelo (Figura 1), o piscicultor pode aplicar em diferentes tecnologias de cultivo, como tanques-rede, bioflocos ou sistemas de recirculação, para identificar aquela que melhor se adapta às suas condições específicas e objetivos financeiros. Em resumo, o protocolo proporciona uma visão estruturada e prática, capacitando o piscicultor a tomar decisões informadas e a maximizar os resultados econômicos de sua produção.Resumidamente, o Valor Presente Líquido (VPL) é crucial para determinar o valor atual de fluxos de caixa futuros. A Taxa Interna de Retorno (TIR) mede a rentabilidade esperada do investimento, a partir de uma TMA (taxa mínima de atratividade, como exemplo a taxa Selic). O Payback indica o tempo necessário para recuperar o investimento inicial e a relação benefício-custo avalia a viabilidade do projeto, comparando benefícios com os custos envolvidos. As respectivas fórmulas de cálculo e possíveis interpretações variam conforme o estudo de caso, o que posteriormente poderá ser abordado nas próximas edições do portal.
Ainda assim, cabe enfatizar que a rentabilidade para um ciclo produtivo pode interferir de forma negativa a viabilidade de sua atividade, a depender da situação, como exemplo, quando os custos possam suplantar os ganhos, ocasionando assim indicadores desfavoráveis à situação, que remetem a ajustes de melhorias em sua produção, relacionados à otimização de mão de obra e insumos (Figura 2). Convém mencionar que a capacitação contínua e o acesso a informações atualizadas são fundamentais para que o produtor se mantenha competitivo e a busca por parcerias e o networking com outros profissionais da área podem trazer insights valiosos à gestão.

Em síntese, a importância da gestão de custos, rentabilidade e indicadores de fluxo de caixa na piscicultura não pode ser subestimada. O produtor, como gestor chave, tem a responsabilidade de aplicar esses princípios de forma estratégica e eficiente, garantindo a sustentabilidade e o sucesso de sua atividade no longo prazo. Ao adotar uma abordagem gerencial integrada, o produtor não apenas melhora a sua própria rentabilidade, mas também contribui para o desenvolvimento e a profissionalização do setor como um todo.
Um agroabraço e estou à disposição!