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    A tecnologia chegou. E o desafio agora é: acessibilizar, popularizar e demonstrar os resultados de forma prática

    Durante os últimos congressos e publicações mais recentes, dia a dia, estamos vendo que em vários segmentos dentro da nossa atividade que estão ocorrendo muitas sinalizações de avanços tecnológicos. Toda essa movimentação é fruto do trabalho de muitas empresas e cientistas, que buscam incessantemente um diferencial de mercado para aumentar as possibilidades de melhorar o desempenho e a competitividade na produção de camarão.Entretanto, de uma maneira geral, essa realidade (equipamentos e ferramentas) continua distante no campo, não se vê tão facilmente nas fazendas. Para os produtores, a impressão é que faltam ainda alguns ajustes para melhorar a acessibilidade, tanto na perspectiva econômica como na forma de uso, além de não ser suficientemente claro os benefícios em solo brasileiro.A proposta desse artigo é provocar uma reflexão e ponderações a respeito dos desafios que impedem que a velocidade ou popularização das tecnologias avancem mais no campo (e aí não vamos nos apegar à tecnologia A, B ou C, porque o comportamento é independente).

    Custo e comercialização

    Não há dúvidas que toda inovação e nova tecnologia tem um custo mais alto, mas dentro do processo de popularização, o custo alto é um impeditivo muito grande para acessibilidade. Outro ponto importante, são as linhas de créditos e condições de pagamentos, muitas vezes não estão acessíveis para pequeno e médio produtor, o que torna esse gargalo de fluxo de venda ainda menor.

    É preciso pensar além da solução, em uma composição completa, em como essa solução vai ser vendida para o produtor. E dentro dessa formatação, se faz necessário compreender o mercado, entender o perfil dos produtores de cada região, e desenvolver alternativas ou pacotes para os diferentes tipos de público.

    Validação, uso e resultado no campo

    Outro ponto tão importante quanto, é a comprovação do uso da tecnologia no campo. É mais comum do que se possa imaginar, a compra de soluções que não tiveram o seu processo de validação tecnológica 100% concluído, ou seja, tecnologias são vendidas como soluções, por um custo relativamente alto e que viram na realidade uma grande dor de cabeça para o produtor.

    O pacote tecnológico das tecnologias disponíveis, precisam ser mais claros, menos superficiais e mais profundos nos detalhes. O investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) dessa tecnologia, precisa transmitir transparência e credibilidade nas informações, por isso o volume de dados e as provas de campo, são fundamentais para assertividade do negócio.

    Faz toda a diferença se você tem exemplos em solo brasileiro, com as condições que o produtor enfrenta no nosso país, muitas vezes o que pode dar certo em outro país, precisa de uma adaptação para dar certo no nosso, e quem tem que entender essa adaptação primeiro é o fornecedor e não o produtor.

    Mão de obra qualificada

    Fazer o uso da tecnologia sem a qualificação necessária, muitas vezes, é queimar um bom produto por falta de orientação. Nesse aspecto, pensar em cursos de treinamentos, dias de campo, com exemplos que envolvem desde o conceito teórico até a aplicação prática da tecnologia, pode fazer uma diferença enorme, tanto para o fornecedor como para o produtor.

    Em uma indústria, onde mais de 70% dos produtores se configuram entre micro e pequenos, um olhar didático e direcionando para qualificação (entender e saber como fazer) torna-se uma base importante para o uso de qualquer tecnologia.

    Conclusão

    Todos queremos ver a evolução da nossa indústria, com novas opções de estratégias e com pacotes tecnológicos bem definidos. E para isso é preciso refletir, que se as opções já estão aí, e já faz algum tempo, por que não estamos vendo o convertimento das tecnologias no campo na velocidade que gostaríamos?

    Algo precisa ser melhorado, e o primeiro pensamento que vem, é que talvez seja importante andar dois passos para trás, fazer as análises necessárias, para podermos nos realinhar em direção ao desenvolvimento e avançar com mais confiança em direção à carcinicultura 4.0.

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