Outro tema coadjuvante e apavorante foi o de doenças emergentes, principalmente o EMS-AHPND. Achei esquisito o pessoal não comentar nada nos corredores sobre a chegada do EMS-AHPND nas larviculturas equatorianas. Outro dos fatores interessantes que vieram a enriquecer a FENACAM foi a incorporação de temas de piscicultura em suas edições. Isso foi herdado da época do IMNV onde o desespero por alternativas colocou a piscicultura na Feira. Destaque para a palestra de Fábio Sussel, nosso correspondente na TV, divulgando e defendendo a aquicultura em todo canto do País. A palestra de Fábio, como ele mesmo diz, não foi motivacional mas foi contundente e objetiva, motivando a qualquer um com um pouco de conhecimento na plateia. Fábio mandou um recado muito certo ao setor acadêmico: os pesquisadores precisam de FOCO. Não é possível que numa mesma universidade tenhamos pesquisadores trabalhando em 4 a 5 espécies diferentes. Além disso, mandou outro recado contundente: temos que pesquisar os peixes realmente de destaque na aquicultura brasileira atual: tilápia e peixes redondos.
Voltando ao camarão, palestra magistral do Dr. Daniel Lanza (UFRN), pontuando claramente as consequências de uma possível abertura do mercado para o camarão de fora com relação aos riscos de entrada de novos patógenos. Bela justificativa para ABCC defender a manutenção do fechamento das importações em Brasília! Ninguém reclamou da Fenacam2017 ter sido ruim de negócios. Esperamos que o novo governo e o sindicato de restaurantes não tenham suficiente força para abrir o mercado, despencando o preço salvador na era WSV. Se isso acontecer, a FENACAM 2018 estará banhada de lágrimas.