Atualmente diversas operações de rotina na piscicultura marinha (inspeção das panagens e das estruturas de fundeio, retirada de peixes mortos, coleta de água e sedimentos) são realizadas por mergulhadores. Estes trabalhos trazem uma série de riscos não sendo raro a ocorrência de acidentes, muitas vezes fatais. A atividade de mergulho possui alto grau de incidência de problemas laborais.
Preocupados com isto algumas empresas no Chile trabalham com o desenvolvimento e a implementação da tecnologia robótica visando automatizar e potencializar os manejos submarinos nos empreendimentos de piscicultura marinha. Já existe em testes até um ROV que costura panagens! E engana-se quem acha que os ROVs vão tirar o emprego dos mergulhadores. Os mini-submarinos fazem o “trabalho duro” indicando exatamente onde os mergulhadores devem realizar suas tarefas, poupando horas de submersão em inspeções perigosas e possibilitando uma ação “cirúrgica” sobre os pontos que demandam ações de correção.
Pude operar um destes ROVs na AquaSur (e confesso que apesar das minhas limitadas habilidades até que me saí bem) e conhecer o potencial desta tecnologia de precisão. Nas próximas colunas vou contar mais sobre as diversas tecnologias de precisão que os piscicultores marinhos chilenos utilizam. Quem sabe um dia não veremos ROVs inspecionando cultivos de bijupirá no Brasil!