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Instituições: ¹ Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços – SEDEICS/RJ; ² Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro – FIPERJ; ³ Autônoma; ⁴ Universidade Federal Fluminense – UFF; ⁵ Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro – SindRio; ⁶ Empresa Tilápias Mangaratiba.
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Introdução
A importância da China como potência aquícola é destacada pelo papel central do país na cadeia global do pescado. Nesse contexto, o artigo descreve dados demográficos e territoriais, resume resultados recentes de pesca e aquicultura e, por fim, apresenta a viabilização de cursos internacionais in loco em Fujian, voltados à maricultura e à logística. Assim, o texto ressalta por que a China lidera indicadores produtivos e como essa experiência se conecta com a qualificação profissional na América Latina.
De forma panorâmica, os autores situam a República Popular da China como economia de grande escala e com litoral extenso, além de abundantes recursos hídricos. Consequentemente, a atividade pesqueira e aquícola assume relevância estratégica na segurança alimentar, na geração de empregos e na arrecadação tributária. Além disso, ao longo do artigo, são citadas estatísticas recentes e referências da FAO que ajudam a dimensionar a liderança chinesa na produção de organismos aquáticos.
Dados gerais e liderança produtiva
Segundo o levantamento sintetizado, a China responde por parcela expressiva da produção mundial de aquicultura e pesca. Em 2022, o total global citado alcançou 223,2 milhões de toneladas, sendo 185,4 milhões de animais aquáticos e 37,8 milhões de toneladas de algas. Por outro lado, a pesca extrativista mundial somou 92,3 milhões de toneladas, com a China na liderança das capturas. Desse modo, evidencia-se a escala produtiva e a diversidade de sistemas envolvidos.
Além disso, o texto ressalta que a aquicultura global atingiu 130,9 milhões de toneladas, das quais a China liderou a produção de animais aquáticos cultivados, com destaque para moluscos bivalves, algas, tilápias, bagres e carpas. Portanto, a combinação de tradição milenar, estrutura institucional e base tecnológica explica por que o país segue na vanguarda do setor.
Tendências recentes na pesca e na aquicultura
Enquanto a produção aquícola avança e se diversifica, observa-se estagnação ou declínio gradual da pesca extrativista. Em parte, isso decorre da redução de estoques, de mudanças regulatórias ambientais e dos efeitos da pandemia de COVID-19 sobre exportações, mão de obra e insumos. Assim, o crescimento sustentado migra para o cultivo, que atende à demanda por alimentos de qualidade e, ao mesmo tempo, dilui custos ao ganhar escala.
Contudo, o artigo aponta limitações estruturais, como a crescente escassez de recursos terrestres e hídricos, que podem restringir a expansão da aquicultura continental. Dessa forma, a resposta chinesa tem sido investir em inovação, sobretudo em ambientes marinhos de maior profundidade e em soluções que otimizam o uso de recursos, mantendo foco em eficiência e sustentabilidade.
Inovações tecnológicas e sistemas de cultivo
Entre as frentes tecnológicas citadas, destacam-se a produção em águas profundas e no mar aberto, acima de 30 metros, que amplia fronteiras produtivas e diversifica a base de espécies. Além disso, cresce a adoção de cultivos com pouca ou nenhuma alimentação suplementar, como algas, carpas e bagres, bem como a malacocultura (amêijoas, ostras e mexilhões) e o uso de filtradores marinhos e costeiros, a exemplo de ascídias. Embora esses sistemas contribuam para a segurança alimentar e para benefícios ambientais, o texto observa que o ganho de peso pode ser mais lento.
Em paralelo, ganha espaço o policultivo multitrófico. Nessa abordagem, espécies de diferentes níveis tróficos compartilham o mesmo ambiente, reaproveitando nutrientes e reduzindo impactos. Exemplos citados incluem: tilápia com camarão; camarão com moluscos Navalha; consórcios de camarões com caranguejos e algas; além de combinações com peixes, abalone e pepino‑do‑mar. Consequentemente, melhoram-se a produtividade e os indicadores ambientais do sistema.
Fujian em 2023: cursos internacionais in loco
O artigo descreve a experiência do curso “Formação Técnica em Maricultura e Processamento e Logística de Produtos Aquáticos para Países Latino-Americanos e do Caribe”, realizado de 11 a 24 de outubro de 2023, em Xiamen, Fujian. O programa, ministrado em chinês com tradução simultânea para o espanhol, reuniu 26 participantes de sete países latino‑americanos e do Caribe, incluindo profissionais do Estado do Rio de Janeiro. Assim, a iniciativa reforça a transferência de conhecimento e o estreitamento de relações institucionais.
Além disso, o texto contextualiza Fujian: província do sudeste chinês com clima subtropical, grande extensão de rios, ampla área para pesca offshore e maricultura e mais de 500 unidades de criação marinha. Historicamente aberta ao comércio, a região consolida-se como polo agrícola, aquícola e industrial, apoiada por pesquisa e desenvolvimento conduzidos por instituições como o Instituto de Oceanografia de Fujian (FJIO).
Implicações e conexões com o Brasil
Para os autores, o fortalecimento de parcerias técnico‑científicas entre China e Brasil pode ampliar a produtividade e a qualidade da cadeia do pescado em território nacional. Por essa razão, a oferta de cursos in loco, com ênfase em maricultura, processamento e logística, tende a favorecer a difusão de boas práticas e a formação de quadros capazes de adaptar tecnologias às condições locais. Dessa forma, cooperação, capacitação e inovação configuram vetores de ganhos produtivos e ambientais.
Conclusão
Em síntese, a importância da China como potência aquícola se manifesta na liderança de produção, na rápida evolução tecnológica e na promoção de capacitações internacionais. Portanto, a viabilização de cursos in loco em Fujian reforça a ponte com a América Latina e o Brasil, abrindo caminho para melhorias sistêmicas na cadeia do pescado. Por fim, a continuidade desse intercâmbio tende a potencializar a adoção de sistemas sustentáveis e a ampliar a segurança alimentar em escala regional.
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