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    Genética explica resistência de linguado a altas temperaturas

    Um novo estudo genômico identificou marcadores genéticos ligados à resistência ao estresse térmico agudo e crônico no linguado-japonês “olive flounder” (Paralichthys olivaceus), espécie-chave na aquicultura da Coreia do Sul. A pesquisa usou o enfoque de GWAS (Estudo de Associação Genômica Ampla) para conectar variações no DNA com a resposta ao calor e à sobrevivência dos peixes.​

    Os pesquisadores expuseram 384 peixes a um estresse térmico agudo, aumentando a temperatura da água para 29 °C por 30 minutos e depois por 1 hora, medindo o cortisol, principal hormônio do estresse em peixes. Em seguida, os mesmos animais foram submetidos a um desafio crônico, com temperatura elevada gradualmente até 30 °C por 16 dias, registrando tempo até a morte e sobrevivência final. A mortalidade acumulada no estresse crônico chegou a 90,1%, evidenciando o impacto da temperatura elevada sobre o lote.​

    Após o desafio, o DNA de 376 peixes foi genotipado com um chip contendo cerca de 70 mil marcadores do tipo SNP (polimorfismos de base única), dos quais 57.638 passaram nos critérios de qualidade para análise. A partir desses dados, o GWAS identificou 34 SNPs significativamente associados tanto aos níveis de cortisol em alta temperatura quanto à sobrevivência e ao tempo de morte sob estresse prolongado.​

    Entre os genes candidatos ligados à tolerância térmica, destacam-se myhc (myosin heavy chain), nlrc5, hydin e gfod1, envolvidos em funções como contração muscular, resposta imune, percepção sensorial e metabolismo de carboidratos. Esses genes ajudam a manter funções vitais, como movimento, defesa e fornecimento de energia, quando a água permanece acima da faixa ideal de 19–21 °C para a espécie em cultivo.​

    O estudo também estimou a herdabilidade de diferentes características, mostrando valores baixos para o cortisol em resposta aguda, mas moderados para traços de estresse crônico, como dias e horas até a morte e sobrevivência. Isso indica que a resistência ao calor em longo prazo tem base genética suficiente para ser melhorada por seleção em programas de melhoramento.​

    Os autores sugerem que os SNPs identificados podem ser usados em seleção assistida por marcadores e seleção genômica, ajudando a formar linhagens de linguado mais resilientes a altas temperaturas. Com o aquecimento das águas, essa abordagem genética torna-se estratégica para manter produtividade e bem-estar dos peixes na aquicultura marinha. Para leitores que desejam se aprofundar em detalhes técnicos, o artigo completo traz descrição dos modelos estatísticos, painéis de marcadores e análises funcionais dos genes associados.​

    Fonte: Genome-wide association study identifies novel candidate genes linked toacute and chronic thermal stress resilience in olive flounder(Paralichthys olivaceus)

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