A Embrapa Pesca e Aquicultura, localizada em Palmas (TO), inaugurou o primeiro banco de sêmen de peixes nativos do Brasil. A iniciativa tem foco inicial na espécie tambaqui (Colossoma macropomum) e busca conservar geneticamente os peixes por meio do congelamento. Dessa forma, será possível garantir maior variabilidade genética e fortalecer a competitividade da aquicultura nacional.
Novo banco genético para peixes nativos
O banco de sêmen de peixes nativos vai armazenar material genético de tambaquis selecionados ao longo de sete anos de pesquisa. O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões. A estrutura permite conservar o material genético a temperaturas de até -192 °C, o que assegura a preservação de longo prazo de amostras de reprodutores selecionados.
De acordo com a Embrapa, o projeto atende à necessidade de preservar espécies nativas essenciais para o setor aquícola. Entre elas está o tambaqui, um peixe de grande importância econômica e ecológica no Brasil. Além disso, o banco armazenará material genético de origem pública e privada. O objetivo é disponibilizar, futuramente, esses recursos ao setor produtivo e fortalecer programas de melhoramento genético.
Impactos e desafios para o setor
Com essa iniciativa, a piscicultura brasileira deve avançar em eficiência, qualidade genética e sustentabilidade. O banco de sêmen servirá como base para pesquisas voltadas à conservação e ao melhoramento genético de tambaquis selecionados. Entre as frentes de estudo estão análises de qualidade espermática, aprimoramento de métodos de congelamento e descongelamento e desenvolvimento de recipientes mais eficientes para o armazenamento.
Por outro lado, o banco ainda não está disponível para uso comercial pelos produtores. Ele encontra-se em fase de consolidação e de definição dos protocolos de rastreabilidade. Mesmo assim, representa um marco importante para a conservação de espécies e o fortalecimento da aquicultura sustentável no país.
Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura










