
Os pesquisadores formularam um meio de cultura baseado em DMEM/F-12, suplementado com soro bovino, extrato muscular de camarão e outros nutrientes, ajustado para condições fisiológicas de pH e osmolaridade. As culturas mostraram alta viabilidade, adesão e capacidade proliferativa, com células ativamente se dividindo, o que abre caminho para potencial imortalização futura de linhas celulares contínuas.
Esse sistema viabiliza estudos detalhados de interações hospedeiro-patógeno, essenciais para entender doenças virais que ameaçam a sustentabilidade da carcinicultura. Até hoje, a falta de culturas celulares estáveis dificultava testes de terapias e avanços biotecnológicos específicos para crustáceos marinhos.
Além disso, protocolos rigorosos de preparo do tecido e esterilização, o uso de tubos revestidos para reduzir a perda celular e práticas de semeadura controlada contribuíram significativamente para o sucesso. O órgão linfoide foi cultivado não apenas como células isoladas, mas também via explantes, que liberam células migratórias viáveis para o meio, garantindo mais realismo biológico.

Esse avanço coloca a carcinicultura mais perto de ferramentas comuns em vertebrados para acelerar pesquisas, diagnósticos e desenvolvimento de soluções contra doenças. Os autores recomendam o uso dessa plataforma para experimentos in vitro e para testar estratégias inovadoras na indústria do camarão.
Para interessados em protocolos detalhados, composição do meio ASM-2 e análise da viabilidade celular, o link para o artigo segue abaixo.










