Qualquer atividade de produção gera algum tipo de impacto. A questão é como minimizar este impacto para garantir a qualidade do ambiente. Para um aquicultor manter a qualidade do ambiente, onde cria seus peixes, é o primeiro passo para garantir a segurança de sua produção. Estes dias li um artigo que avaliou o impacto de cultivos intensivos de peixes e uma das conclusões mais interessantes foi que os autores apontaram a nossa conhecida conversão alimentar como uma ferramenta para avaliar os danos causados à qualidade de água.
Os autores provaram que quanto pior a conversão alimentar mais nutrientes são descartados ao ambiente e consequentemente maior o impacto ambiental. Até este ponto nenhuma novidade, até porque o produtor sabe que quanto pior a conversão alimentar menor a rentabilidade do cultivo e ninguém cria peixes para perder dinheiro.
Entretanto, utilizar a conversão alimentar para garantir a qualidade ambiental é algo inovador e que poderia ser incorporado nos mais diversos cultivos. Porém, onde entra a aquicultura de precisão? Nosso laboratório adotou, recentemente, a utilização de alimentadores automáticos para o fornecimento de ração para diversas espécies de peixes marinhos (robalo-flecha, garoupa-verdadeira, bijupirá e ciobas). Após uma série de experimentos nossas principais conclusões foram muito interessantes.