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    Epagri e UFSC utilizam tecnologia de ponta para impulsionar pesquisa sobre resíduos da maricultura catarinense

    A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) uniram esforços para investigar os resíduos gerados pela criação de moluscos bivalves, como ostras e mexilhões, no litoral catarinense. O projeto utiliza tecnologia avançada e conta com um protótipo desenvolvido para essa finalidade. O equipamento possui sensores de vazão e sistema de transmissão de dados em tempo real, operando com protocolos de internet das coisas (IoT). Ele já foi validado em testes e hoje é usado em laboratório para analisar a produção de fezes e pseudofezes por moluscos vivos.

    O método bombeia água do mar para um sistema com 12 compartimentos, onde os animais ficam. Assim, é possível controlar com precisão o volume de água que passa por cada unidade e medir os resíduos produzidos.

    Segundo Luis Hamilton P. Garbossa, pesquisador e gerente da unidade Epagri/Ciram, os moluscos se alimentam filtrando partículas da água. A composição e a quantidade desse alimento influenciam diretamente na geração de resíduos. Por consequência, o acúmulo no fundo marinho pode causar impactos ambientais.

    Os dados coletados são processados em um aplicativo, o que permite monitorar detalhadamente a água filtrada em cada compartimento. Dessa forma, os pesquisadores acompanham o processo em tempo real.

    Aplicação prática para manejo sustentável

    A ferramenta representa um avanço importante para a maricultura. Além disso, os resultados permitem avaliar de forma mais precisa a dispersão dos resíduos no ambiente marinho. Com essas informações, os técnicos podem orientar melhor a ocupação e o manejo sustentável das áreas de cultivo.

    O projeto, intitulado “Análise da operação unitária de sedimentação das fezes e pseudofezes de moluscos bivalves”, recebe apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Ele adapta conhecimentos de estudos internacionais à realidade brasileira. Portanto, o trabalho contribui para práticas produtivas mais sustentáveis.

    A iniciativa também segue os princípios da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Assim, reforça o compromisso da Epagri com a preservação ambiental e com a produção responsável no setor.

    Maricultura em números

    O Observatório Agro Catarinense, vinculado à Epagri/Cepa, registrou em 2023 a produção de pouco mais de 7 mil toneladas de moluscos no estado. Desse total, cerca de 5 mil toneladas foram de mexilhões. A atividade envolveu 292 produtores, evidenciando sua relevância socioeconômica.

    Mais detalhes estão disponíveis no site oficial da Epagri.

    Foto: Aires Mariga / Epagri

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