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    Elementos constituintes para um bom desempenho da tilapicultura brasileira

    A produção brasileira de tilápia (Oreochromis sp.) foi de 662.230 toneladas em 2024, destacando o país entre os quatro maiores produtores do mundo, atrás da China, Indonésia e Egito. Convém destacar que o país já representa 68,4% da produção nacional (PEIXE BR, 2025).

    Para garantir um bom desempenho da tilapicultura brasileira, é essencial compreender e otimizar seus elementos constituintes, que vão além da genética dos alevinos, manejo da água, nutrição adequada dos peixes, estendendo aspectos relacionados às políticas setoriais e capacitação laboral condizente aos investimentos na produção.

    Fatores técnicos e econômicos na produção

    Ainda assim, a adoção de tecnologias e boas práticas na alimentação e reprodução contribui diretamente para a redução de custos operacionais e o aumento da rentabilidade. Neste contexto, a presente pesquisa coordenada em 2024 pelo Prof. Omar Sabbag, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/SP – UNESP, teve por objetivo analisar possíveis fatores que possam estar influenciando no desempenho técnico e econômico das unidades piscícolas, por meio dos grupos focais, para os principais Estados produtores de tilápia (PR, SP, MG, SC e MS), a partir do levantamento nos grupos focais online, entre produtores e entidades setoriais.

    Sugestões para avanço do setor

    De forma prática, no que se refere à desburocratização, torna-se necessário criar um sistema digital unificado para centralizar licenças e exigências regulatórias, simplificando processos e reduzindo custos.

    Para as políticas públicas, incentivar o financiamento com juros baixos para tecnologias avançadas na piscicultura e fortalecer parcerias com instituições de pesquisa e produtores, acelerando inovação, sustentabilidade e crescimento deste setor expressivo no Brasil.

    Quanto à sustentabilidade, estimular a adoção de tecnologias sustentáveis, como por exemplo, na suplementação da ração com ácido cítrico, para melhorar a nutrição dos peixes e reduzir o impacto ambiental da piscicultura.

    Para a tecnologia/inovação, incentivar o uso de sensores ambientais e automação na piscicultura, otimizando a produtividade, reduzindo custos e ampliando competitividade no mercado global.

    Por fim, quanto ao capital humano, promover capacitação contínua dos produtores, com parcerias entre ensino, governo e setor privado, oferecendo cursos e treinamentos sobre biologia, gestão de recursos e tecnologias de monitoramento e automação.

    Desta forma, apontam-se algumas sugestões de melhorias, como possíveis avanços para o setor produtivo piscícola, em decorrência de mudanças e competitividade para o mercado doméstico e internacional, conforme se resume em um “guarda-chuva” na Figura 1.

    Elementos estruturantes da tilapicultura brasileira
    Fatores estruturais para desempenho na tilapicultura brasileira

    Reflexões finais

    Por fim, cabe ressaltar que as melhorias propostas devem alcançar os reais propósitos, ao identificar as capacidades produtivas e os gargalos do setor produtivo, bem como ao reconhecer e quantificar as possíveis causas que comprometem o desempenho na produção de tilápias.

    Em síntese, para impulsionar o setor produtivo e aumentar a competitividade no mercado nacional e global, é crucial desburocratizar as operações de licenciamento ambiental. Ainda assim, manter políticas setoriais que ofereçam linhas de crédito acessíveis, bem como o estabelecimento de parcerias para implementar práticas sustentáveis e capacitação contínua, refletem na promoção de avanços significativos, tornando o setor mais eficiente e inovador.

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