O Brasil vive momentos de desafios relacionados à tilapicultura. Enquanto a aquicultura nacional registra crescimento e consolida o país como um dos maiores produtores do mundo, o setor enfrenta novos desafios externos. A chegada do primeiro carregamento de tilápia vietnamita ao mercado brasileiro e as recentes taxações impostas pelos Estados Unidos sobre o pescado nacional colocam pressão sobre os produtores.
No último dia 6 de novembro, um container com 24 toneladas de tilápia importada do Vietnã foi enviado ao Brasil, adquirido pela empresa JBS. Este é um dos primeiros 32 contêineres com 700 toneladas de tilápia encomendadas e importadas do Vietnã pelo grupo. A previsão é de chegada ao porto de Santos em 17 de dezembro de 2025.
O Vietnã é conhecido por sua produção intensiva e de baixo custo, o que pode pressionar os preços da tilápia no mercado interno. Entidades do setor aquícola brasileiro temem que a entrada desse produto reduza a competitividade da tilapicultura nacional, especialmente em um momento em que os custos de insumos, energia e transporte permanecem elevados.
Além da concorrência estrangeira, o Brasil também enfrenta dificuldades nas exportações, que registraram queda nos últimos meses devido às novas taxações americanas. A medida gera apreensão no mercado, uma vez que os Estados Unidos representavam um dos principais destinos de exportação do pescado brasileiro.
O futuro da tilapicultura brasileira dependerá da capacidade de adaptação diante de um cenário global cada vez mais dinâmico e desafiador. Mais do que nunca, é essencial que o consumidor reconheça o valor do pescado nacional, priorizando produtos cultivados e processados no país. Essa escolha fortalece o mercado interno, impulsiona a geração de emprego e renda e garante o sustento de milhares de famílias que dependem da aquicultura em todo o território brasileiro.
Fonte: Peixe BR
